sábado, 5 de janeiro de 2013

“ELE ME SURPREENDIA A CADA DIA COM COISAS BOAS”, DIZ CRONENBERG SOBRE ROBERT



O vampiro de Crepúsculo, Robert Pattinson estrela um chupador de sangue de um tipo inteiramente diferente – o tipo da Wall Street – em seu novo filme Cosmópolis, em Blu-ray e DVD no dia 31/12/12, e o diretor do filme, David Cronenberg, conta ao Etonline que ele ficou, na verdade, um pouco impressionado com o que Rob trouxe a tona, e isso depois da bagagem de escalação – uma vez que você chega ao ponto onde você está no set e as câmeras rodando – “Crepúsculo é irrelevante.”
Ele me surpreendia a cada dia com coisas boas,” diz Cronenberg. “Eu não queria fazer ensaios, e eu tento não moldar a performance do ator no começo. Eu quero ver o que a intuição dele vai entregar. E então se há algum problema começo a moldá-lo, empurrá-lo, manipulá-lo um pouco. Eu fiz muito pouco disso com Rob.
Baseado no romance de Don DeLillo, Cosmópolis segue um na vida selvage do multi-bilionário Eric Packer, que viaja sem rumo pelas ruas da cidade de Nova York em sua limousine enquanto conduz o comércio de investimento do banco traseiro. Enquanto o dia progride, ele se transforma em uma odisséia com um elenco de personagens que começa a quebrar seu mundo.
Ele absolutamente diria para você agora, ‘Eu não tinha ideia do que eu estava fazendo em todos os momentos,’ e ele realmente queria dizer isso,” diz o diretor veterano sobre a performance de Rob. “Eu acho que ele realmente não percebeu o quão bom ele foi… Ele estava surpreendendo a si mesmo, mas ele estava me surpreendendo pelo seu cuidado. Foi apenas realmente preciso. Eu quero dizer, no final dele [do filme] nós estávamos fazendo apenas uma tomada. Honestamente, toda a última cena, toda a última filmagem do filme com ele e Paul [Giamatti] – uma tomada. E isso é uma longa tomada também. E é muito emocional e sutil. Uma tomada dos dois, foi tão boa. Na verdade, nós terminamos as filmagems cinco dias mais cedo, e muito disso se deve ao Rob.
É claro que quando Cronenberg primeiramente escalou Rob, ele teve que superar o que ele chama de “bagagem” Crepúsculo, explica, “Você geralmente tem que considerar o que nós chamamos de bagagem para um ator, você tem que decidir se isso é um problema ou não. Eu odeio a ideia disso porque eu estarei no set com um cara às 3 da manhã filmando nas ruas de Toronto, e nada disso é relevante. Nós somos apenas duas pessoas tentando fazer o filme dar certo. Então suas performances passadas, e sua fama, ou a falta dela, ou qual seja o fator, é nesse ponto irrelevante. O que é relevante é apenas o que nós podemos fazer criativamente um com o outro.”
Por outro lado, quando você está financiando um filme você tem que ter atores principais que tenham algum peso e alguma firmeza e que irá atrair investidores, então você poderá ter seu filme financiado, então é uma situação estranha,” ele continua. “À parte do fato que sim, ele foi uma surpreendente escolha excitante e interessante nos termos de como os investidores o viam – e isso funcionou porque nós tivemos financiamento para o filme –, depois dissoCrepúsculo é irrelevante, você sabe?
O que mais importava para Cronenberg era que seu ator principal pudesse levar a cena e tivesse o charisma próprio: “Começa muito simples, com se ele é da idade certa, se ele tem o visual certo, se ele tem a presença na tela correta?” ele diz. “Ele está em absolutamente todas as cenas do filme, e  isso é realmente um pouco raro. Até em um filme com Tom Cruise, você não o vê em todas as cenas. Mas nesse caso, você vê, e então ele tem que ter algum carisma. Você tem que querer assistí-lo por tanto tempo e tão intensamente, porque eu sabia que eu iria ficar rastejando por todo o seu rosto com a câmera.”
É claro, não seria um filme de David Cronenberg sem um pouco de fixação oral ou anal – temas proeminentemente colocados em filmes dele com “Naked Lunch”, “Dead Ringers” e “Videodrome” – e há uma cena especialmente divertida durante Cosmópolis, na qual Rob é examinado por um medico em sua limousine e descobre que ele tem uma “próstata assimétrica.”
Orifícios são as entradas e saídas dos nossos corpos, e isso realmente fala sobre identidade e onde os limites da identidade de um indivíduo termina e onde o ambiente começa,” diz um Cronenberg de cabeça erguida, adicionando com uma risada, “Eu poderia fazer uma análise acadêmica dos meus próprios filmes, mas isso não me ajudaria a criar [meus novos] filmes… Você poderia fazer essas análises e fazer essas conexões entre os filmes, e você estaria correto.

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