Capítulo um: A pergunta
Robert Pattinson. Crepúsculo. Ficar nu em filmes indianos. Fama. Essas são uma das coisas que não conversaremos com Kristen Stewart. “Ah, bom.” Diz a atriz, levemente surpresa quando lhe damos a boa notícia. Estamos sentados no terraço de um hotel – fortemente povoado no térreo por seguranças – e é a segunda semana do festival de Cannes. Somente com 22 anos de idade, Stewart está recebendo um tipo de proteção de elite contra a mídia, o que geralmente é reservada para as maiores mega estrelas de Hollywood. Mas nós realmente não queremos falar sobre isso também.
Na verdade, LW Lies tem somente uma pergunta: Sobre o que a Kristen Stewart quer conversar? “Certo,” ela diz. Daí ela pensa. “Eu não quero me vender. As pessoas são tão estranhas. De uma hora pra outra, eles se acham tão interessantes que acham que vale a pena se vender. Tipicamente falando, o mais importante pra mim sobre mim mesma é, nesse momento, o fato de que Na Estrada está chegando. E eu quero falar sobre Na Estrada.”
Capítulo Dois: Na Estrada
Falar sobre Na Estrada é descobrir que, muito embora as pessoas perguntem a Kristen Stewart muitas perguntas, as respostas sempre são guiadas a só um lugar. É bem simples: Ela é uma criança de 22 anos que é estupidamente apaixonada pelo seu emprego. “Ai meu Deus, eu amo isso pra caramba,” ela sorri. “Eu não sou Marylou; Eu sou Sal. Bem, agora eu me sinto tão cheia. Eu estou tipo estourando. Eu deveria estar trabalhando. Eu não quero ter intervalo. É divertido no set, eu não tenho que ir ao banheiro, eu não tenho nada de errado, eu estou perfeitamente bem, Eu não to com fome. Eu estou meio que literalmente nem no meu próprio corpo. Eles me empacotam e me mandam de volta para o meu trailer e aí eu fico em pedaços. De repente eu noto que eu estou sem fazer xixi por seis horas. E eu estou morrendo de fome.”
Essa ética de trabalho Kamikaze deixou sua co-estrela Chris Hemsworth estupefato com o grande sucesso de A Branca de Neve e o Caçador. Porque, quis saber o galã australiano, ela estava atacando uma fantasia básica de Hollywood como se fosse um drama de Paul Thomas Anderson? “Awww…” ela sorri afetuosamente. “Ele é do mesmo jeito. Bem, ele leva isso muito como um valor nominal. Às vezes eu preciso fazer isso também. Eu realmente estou tentando, tentando, todo o tempo. Quer dizer, Walter já disse pra mim várias vezes durante Na Estrada, ‘Pare de tentar alcançar isso, você já está lá.’ Mas eu gosto de ficar com medo. Eu amo de repente se sentir fora do controle. Atores saem por aí vestindo aqueles pequenos cintos com suas habilidades de atuação. E eu só não acho interessante de se ver. Eu nunca quero ver alguém que claramente pode chorar por uma queda de chapéu. Isso é tão desinteressante. E muitas atrizes são loucas pra caramba. Elas são destroços emocionais, estão elas fingem ser esses personagens. Mas as emoções não estão vindo do lugar certo. Entende o que eu falo?”
E nós temos que lembrá-la: essa é sua entrevista: conte pra gente.
Capítulo Três: Vindo do Lugar certo
“De primeiro, o motivo pelo qual eu comecei a fazer isso foi porque eu queria um emprego. Meus pais trabalham na área – minha mãe é uma supervisora de script; meu pai é um assistente de diretor – e eu sempre me preocupei com eles, eu realmente adorava os filmes; E aí, primeiramente, eu queria a responsabilidade. Eu queria que os adultos conversassem comigo. Eu queria estar envolvida. Eu estava entediada. Então eu fiz 13 anos, isso realmente me afetou. De repente eu senti que algumas coisas poderiam ser bem importantes e realmente ajudar pessoas. Eu fiz este anúncio de serviço público bem depois que eu fiz o filme e uma multidão de pessoas falaram coisas que eles nunca tinham falado pra ninguém antes. E isso me atingiu pra caramba. Eu estava assim, “Wow, uma coisa que eu amo, uma coisa que era pessoal pra mim” – porque naquele momento, eu nunca tinha tido nenhum reconhecimento por nada do que eu tivesse feito, era realmente só pra mim – “De repente isso toucou as pessoas.” Filmes… eles podem ser importantes se você quer que eles sejam.”
Capítulo Quatro: Filmes são importantes
Então aqui está. Se você quer que eles sejam, mesmo filmes de adolescentes sobre vampiros de cabelo com gel e lobisomens com Jeans cortado podem ser importante.
Eles podem te ajudar a fazer outros filmes, filmes como Na Estrada, filmes que podem não serem vistos ou até mesmo feitos sem você. Em Hollywood, com grandes poderes vem… grandes festas. Mas aqui está um motivo do porque você não verá Stewart acompanhada de Lindsay Lohan em direção a ser uma estrela louca.
Através de um louco acidente, atrizes independentes são mordidas por uma franquia radioativa e ganham super poderes. Elas não durarão para sempre, mas enquanto ainda duram… “é estranho estar nessa posição de, tipo…” Ela acena, checando-a. “não soando tão maluca, mas ‘proeza financeira’. Eu me sinto mal sobre isso. Eu me sinto como você tivesse que fazer alguma coisa. Eu fiz Welcome to the Rileys (no qual Stewart faz uma mulher com problemas emocionais) alguns anos atrás e agora eu quero abrir dois centros de reabilitação, um em Nova Orleans e outra em Los Angeles, e eu quero fazer um documentário sobre o porque que isso é importante. Mas todas essas ridículas instituições de caridades que você vê? Tipo, você aparece usando um vestido e depois você leiloa seu vestido e de repente você se sente importante. Eu quero fazer isso certo. Bem agora eu sinto isso pra valer. Isso não é pra ser desperdiçado. Por que eu sei que o meu valor é forte pra caramba.“
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